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Programa recebe o prêmio Josué de Castro da Universidade Federal Fluminense

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IMPLICAÇÕES SÓCIO EDUCACIONAIS DO ARTESANATO EM ORIXIMINÁ

O programa de extensão envolve o inventário do artesanato tradicional de Oriximiná, cidade localizada na região conhecida como “Baixo Amazonas”, no oeste do Pará. Desde 2008, a equipe de pesquisadores (professores de várias áreas e graduandos do curso de Produção Cultural do Polo Universitário de Rio das Ostras), coordenada pela Prof. Adriana Russi e o Prof. Gilmar Rocha vem realizando várias etapas, com parcerias interinstitucionais. O programa prevê como desdobramento, a formação continuada dos educadores locais, como meio de fortalecer as ações pautadas na Educação para o Patrimônio como meio de preservação do patrimônio imaterial local. (mais…)


Trabalho apresentado para o Congresso Internacional de História e Patrimônio Cultural

Seminário Internacional de História e Patrimônio Cultura
UFPI
Teresina – Piauí


Visitando artesãos

Comunidade do Abuí. Alto Trombetas.


Pro café de amanhã..

 

A querida dona Edite fazendo o beju mais gostoso desse mundo...

Comunidade do Abuí. Alto Trombetas.


Relatório parcial julho/agosto 2010

Desde 2008 desenvolvemos pesquisa sobre o artesanato tradicional em Oriximiná. Inicialmente denominado “Educação Patrimonial em Oriximiná”, sob a coordenação da professora Adriana Russi, em 2010 passou a contar com a colaboração do professor Gilmar Rocha, dividindo a coordenação com a professora Adriana e reestruturando o plano de trabalho do projeto, que passou a se chamar “Implicações Socioeducacionais do Artesanato em Oriximiná”.  No primeiro semestre do ano o projeto foi submetido ao edital PROEXT MEC/SESu, que premia projetos de extensão de instituições de ensino superior brasileiras, e foi contemplado na categoria de programa. Com isso, no ano de 2011, contaremos com o financiamento governamental no valor de R$ 119.816,70 que serão destinados aos gastos de logística, obtenção de equipamentos necessários ao desenvolvimento do projeto, bolsas para os acadêmicos envolvidos na pesquisa, produção de curta metragem, publicação de dossiê sobre o artesanato tradicional do município e de material de apoio didático aos professores da rede municipal de ensino. (mais…)


Edital PROEXT

Para o ano de 2011 ganhamos o edital PROEXT cultura, que financia trabalhos de extensão universitária. Com este financiamento daremos continuidade ao inventário, totalizando 24 comunidades mapeadas e produziremos:

– Catálogo impresso com cd-room do inventário do artesanato;

– Material impresso de apoio didático pedagógico que incorpore os dados do inventário do artesanato para utilização na oficina sobre preservação do patrimônio cultural com professores da rede pública oriximinaense;

– Oficina com 60 professores e 60 diretores/coordenadores pedagógicos da rede pública oriximinaense sobre preservação do patrimônio cultural;

– Registro audiovisual de curta duração sobre o inventário do artesanato e suas implicações sócioeducacionais na localidade. (mais…)


Cultura Quilombola

“Nas comunidades quilombolas todos são um pouco parentes. Geralmente a mulher, quando casa, muda para a comunidade do marido; além do casamento, muitas pessoas também mudam por separações e até desentendimento com vizinhos. Por esse motivo, muitos se conhecem e se identificam como pertencentes a essas comunidades.

As comunidades podem ser grandes, com até 100 famílias, ou bem menores.

Foto: Gabriela Maia – Comunidade do Abuí

Sempre têm um centro comunitário, onde fica a escola, o barracão comunitário, a capela e algumas residências – nem todas ficam próximas. Hoje há escolas em todas as comunidades remanescentes, a maioria de 1° a 4° séries, mas algumas têm escolas até a 8° série (escolas pólo). Infelizmente, os jovens têm que se mudar para poder continuar os estudos [para alguma cidade: Oriximiná, Manaus, Belém].

Fotos: Inês Chaga - Escola pólo de Cachoeira Porteira

As casas são construídas em madeira e palha, geralmente com material retirado da floresta.

Foto: Débora Parente - Casa em construção

A água vem do rio ou de poços artesianos; são usadas fossas secas nas comunidades. A iluminação é feita com lamparinas a querosene ou por gerador, mas é muito difícil comprar óleo diesel [a prefeitura mantém uma cota de óleo diesel e um contratado para ligar o gerador durante quatro horas diárias, entre 18h e 23h].

O dia-a-dia varia com a época do ano, organiza-se acompanhando o ritmo de cheia e vazante dos rios. O extrativismo é importante na vida das comunidades, que extraem açaí, bacaba, cipó-titica [e outras veriedades de cipó] – para fazer cestos e objetos de uso diário – palha para as casas e breu para calafetar as embarcações. Mas o mais importante é a retirada da castanha-do-Pará, que acontece no primeiro semestre de todo ano, da qual toda comunidade participa – às vezes é difícil encontrar gente em casa nessa época. Também trabalham em pequenos raçados, que são de cada família e mudam sempre de local (sistema itinerante), mas que podem ter ajuda de toda a comunidade em alguns momentos, como na limpeza do terreno. Essa união de toda a comunidade no trabalho é chamada puxirum. As famílias plantam mandioca, milho, feijão, arroz, banana, cupuaçu, abacaxi… O que não é usado pela família é vendido, principalmente a farinha. Tudo isso entra na alimentação e é complementado com peixe e caça.

A vida na comunidade é sempre agitada com alguma festa, baile ou torneio de futebol. Há as festas dos padroeiros, que têm influência tanto na cultura negra quanto da indígena e da católica, e em algumas comunidades são chamadas Aiuê (festa em dialeto quimbundo). Nessas festas são montados mastros que representam a fartura e feitas procissões de barcos. Nos bailes se dança muito o brega [o calypso e o forró], que ninguém é de ferro, mas outros estilos mais tradicionais também são dançados, como o lundum, a valsa e a mazurca, sempre com características locais. Há também músicos e compositores, que alimentam a imaginação do povo e registram os fatos que acontecem.”

Trecho extraído do Guia Temático para Professores

“Da escola para a comunidade”.

REBIO do Rio Trombetas/FLONA Saracá-Taquera.

(Pág 86-87)